A carinata é uma planta oleaginosa da família das brassicáceas, próxima da canola, conhecida por seu porte elevado e estrutura robusta, podendo atingir mais de dois metros de altura. Ela possui um alto teor de óleo (entre 38% e 42%), o que a torna especialmente valorizada para a produção de biocombustíveis, principalmente o Combustível Sustentável de Aviação (SAF). Por ser uma cultura não alimentar, devido à presença de ácidos que inviabilizam seu uso para alimentação humana ou animal, a carinata se destaca por sua aplicação industrial e pelo potencial de contribuir para a sustentabilidade, ajudando na redução das emissões de gases de efeito estufa no setor de aviação. Além disso, a carinata apresenta vantagens agronômicas como a adaptabilidade a diferentes condições climáticas e solos menos férteis, ciclo médio de produção, e contribuição para a conservação do solo. No Brasil, a cultura está em expansão, sendo vista como uma alternativa rentável para a safrinha e para a rotação de culturas, com um mercado promissor impulsionado pela demanda global por fontes de energia renováveis. Estima-se que a produção de carinata pode crescer significativamente, com contratos já garantidos para produtores visando à fabricação de biocombustíveis. A planta também pode ajudar a melhorar a saúde do solo e reduzir o uso de fertilizantes químicos, fortalecendo práticas agrícolas sustentáveis.